A formação de um halo solar, efeito óptico que forma um círculo luminoso semelhante a um arco íris ao redor do sol, chamou a atenção de moradores de diversas cidades do Piauí na manhã desta quarta-feira (25). O climatologista Werton Costa explica que o fenômeno é provocado pela formação de nuvens no topo da troposfera que acabam congelando devido a altitude e baixa temperatura.
O especialista pontua que essas nuvens se formam por grandes correntes de ar, que transportam umidade. Devido a baixa temperatura, acabam congelando. “Elas são fibrosas, como se fossem cristais flutuando a milhares de quilômetros acima da nossa cabeça. Quando a luz do sol atravessa esses cristais, ela é refratada, criando esse fenômeno parecido com o arco íris”, destacou.
Segundo o climatologista, o fenômeno também pode indicar a ocorrência de chuvas. “Podemos considerar o halo como uma previsão do tempo primitiva. Como existe transporte de umidade do topo do céu, essa umidade é cumulativa, então as nuvens que hoje são fibrosas e congeladas, amanhã serão líquidas. Serão nuvens que tem potencial para produzir no mínimo uma garoa”, avaliou.
Apesar de não representar o início do período chuvoso, Werton Costa ressalta que essa concentração de nebulosidade deve contribuir para amenizar o tempo seco. “Agora temos mais umidade, os alertas de baixa umidade vão continuar, mas vamos ter um refresco. Quando essa chuva cai, a principal contribuição não é baixar a temperatura, mas aumentar a concentração de umidade”, frisou.
Além de chuvas, a formação do halo pode apontar a ocorrência de outros eventos meteorológicos. “É esperado que em alguns momentos nós tenhamos temporais localizados. Mais vento do que chuva, porque vamos receber a visita de alguns sistemas que tendem a provocar chuvas localizadas. É um cenário novo no quadro da estiagem, mas não é extraordinário, acontece todos os anos”, concluiu.
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