Uma festividade que resiste ao tempo é o Pagode do Mimbó, criado em uma comunidade quilombola na zona rural de Amarante, a 159 km de Teresina. No local onde vivem mais de 600 pessoas, que conservam uma história de mais de 200 anos de luta e resistência contra o escravismo.
A comunidade é formada em 96% por pessoas da mesma família, que carregam um sobrenome que traduz sua vontade de permanecer juntos: paixão.
"A festa surgiu com a minha avó materna. Ela comemorava o festejo de Nossa Senhora da Saúde e então no encerramento dos festejos ao invés de ter uma festa dançante, minha avó fazia o Pagode do Mimbó. Minha avó faleceu em 1953 e desde então o pagode vem passando de geração em geração. Porque na comunidade do Mimbó a nossa cultura é viva, é como se fosse uma planta regada todos os dias", contou a professora Idelzuita Paixão.
De acordo com o historiador Vagner Ribeiro, o quilombo do Mimbó é o mais famoso do município por ser rico em cultura e em carregar essa ancestralidade africana no Piauí. Além dessa dança, Amarante é conhecida por suas coreografias centenárias que mantém viva a história do Piauí, como é o caso do Balandê Baião e o Cavalo Piancó.
"Os escravos para se entreterem criavam passos de dança. Então uma vez dançaram como o trote de um cavalo piancó, que significa manco, daí surgiu a dança", contou a professora amarantina Euzeni Dantas.
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