O caminhoneiro bolsonarista Zé Trovão, que estava foragido, foi encontrado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (9/9), no México. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a corporação contou com a ajuda do Itamaraty para localizá-lo.
Zé Trovão teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, no inquérito que investiga atos antidemocráticos. Ele, contudo, fugiu para continuar liderando movimentos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no 7 de Setembro.
De acordo com fontes da PF e do Itamaraty, ele buscava asilo no país que faz fronteira com os Estados Unidos.
A embaixada brasileira no México verificou os dados consulares e constatou o ingresso de Zé Trovão no país. O órgão, então, entrou em contato com o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
Depois, a embaixada comunicou à PF e um diplomata ligou no hotel para avisar a Zé Trovão que ele seria preso.
Em diversos vídeos, o caminhoneiro defendeu o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo. Ele também convocou a categoria para uma paralisação geral no país.
“O pau vai continuar torando”, diz Zé Trovão
O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, disse nesta quinta-feira (9/9) que não sabe o que vai acontecer, mas que o “pau vai continuar torando”. Ele reafirmou que o objetivo é a destituição dos ministros do STF, o que é ilegal.
“A nossa pauta é impeachment dos ministros. Se vira. Não sei o que vai ter que acontecer, mas o pau vai continuar torando”, afirmou em um novo vídeo gravado.
Zé Trovão pediu para que caminhoneiros que aderiram à paralisação não “arredem o pé” e reclamou da ação policial.
O caminhoneiro também disse que o movimento não defende o presidente, mas logo em seguida, cometeu um ato falho e afirmou que os caminhoneiros foram às ruas por esse motivo.
“Ninguém foi às ruas para defender o presidente Bolsonaro, fomos para defender nossa bandeira verde e amarela. Fomos às ruas defender nosso presiden… Nossa bandeira. Nosso presidente, a gente respeita, mas presta atenção: ‘não vamos cumprir ordem que não seja do presidente da República’”.
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