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A noite deste domingo (2) ficou marcada como um momento histórico para o cinema brasileiro, com a conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional pela produção "Ainda Estou Aqui". A cerimônia ocorreu no Dolby Theater, em Los Angeles, EUA, e esta é a primeira vez que uma produção nacional recebe a estatueta dourada.
O diretor Walter Salles, emocionado, dedicou o prêmio em seu discurso de agradecimento: “É uma honra receber isso. Esse Oscar vai para uma mulher que depois de uma perda tão grande em um regime autoritário, decidiu não se dobrar, não desistir. É para Eunice Paiva! E é para Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”.
O Brasil já havia sido indicado nesta categoria em quatro ocasiões anteriores: "O Pagador de Promessas" (1963), "O Quatrilho" (1996), "O que É Isso, Companheiro?" (1998) e "Central do Brasil" (1999), mas não havia conseguido levar o prêmio.
Para conquistar o Oscar em 2025, "Ainda Estou Aqui" superou concorrentes como "Emilia Pérez" (França), "A Garota da Agulha" (Dinamarca), "A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).
O filme estreou nos cinemas brasileiros em 7 de novembro e alcançou um grande sucesso de bilheteira, com mais de 5 milhões de espectadores e uma receita superior a R$ 100 milhões.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, "Ainda Estou Aqui" narra a história de Eunice Paiva, mãe do autor e esposa do engenheiro e ex-deputado federal Rubens Paiva, que foi morto pela ditadura militar em janeiro de 1971. A trama acompanha Eunice, uma dona de casa que precisa se reinventar para cuidar dos cinco filhos enquanto busca informações sobre o marido, desaparecido após ser levado pelo Exército para prestar depoimento.
Além de Fernanda Torres no papel principal, o elenco conta com Selton Mello como Rubens Paiva e Fernanda Montenegro interpretando a versão mais velha de Eunice.
