Receber a notícia da morte de um filho é desesperador. Imagine passar por esta situação duas vezes. Em Bengala, na Índia, uma família vem vivenciando esse pesadelo após um hospital, em Ghatal, emitir um atestado de óbito para um bebê antes de sua morte, o que levou os pais a quase enterrarem a criança viva.
Segundo informações do site local India Today, o bebê nasceu prematuro no último dia 7 de abril e foi declarado como morto no dia seguinte. Ao receber a triste notícia, a mãe da criança, Sheshka Monalisa Bibi, ficou muito abalada e começou a se preparar para o enterro do bebê, de dois dias. No entanto, os familiares ficaram chocados quando viram que o recém-nascido estava se mexendo e respirando enquanto estava sendo levado para o enterro.
Diante dessa situação, a criança foi levada imediatamente para o hospital, mas acabou não resistindo e faleceu logo depois. Inconformado, o pai da criança alegou que seu bebê foi “assassinado”, devido à negligência das autoridades hospitalares. Após seu nascimento prematuro, a criança permaneceu imóvel e foi mantida na UTI neonatal do hospital, em Ghatal, mas foi declarada como morta no dia 8 de abril e os médicos emitiram seu atestado de óbito.
A suposta negligência médica levou os familiares a protestar em frente ao hospital público, desde a noite do último sábado (8). “Como os médicos podem declarar uma pessoa viva morta?”, questionou a família. Os manifestantes pediram que o superintendente do hospital renunciasse o seu cargo.
Em entrevista ao India Today, uma fonte do hospital disse: “O bebê nasceu no final de 22 semanas e pesava 440 gramas, o que está muito abaixo dos parâmetros normais”. “O recém-nascido não deu sinais de recuperação, o que levou os médicos a liberarem um atestado de óbito precoce. A condição física do bebê piorou rapidamente”, acrescentou a fonte.
Em meio a essa situação delicada, a administração do hospital iniciou uma investigação sobre o incidente. "Um comitê de investigação foi criado. Junto com ele, uma ação departamental também está sendo tomada. Não podemos aceitar tal negligência", destacou o diretor de saúde do distrito Soumyashankar Sarengi.