O Piauí é formado por danças que compõem a cultura do estado e mantém viva a tradição de diversos povos. As mais conhecidas são Balandê Baião, que resgata as origens africanas no interior do estado, e o Cavalo Piancó, que homenageia santos juninos.
Em Amarante, município a 164 km de Teresina, o Cavalo Piancó é repassado de geração a geração desde a fundação da cidade, em 1871. A coreografia é feita imitando o trote de um cavalo manco. Ela surgiu com os povos escravizados às margens do rio Canindé, que banha o município. O bailado pode ser realizado em grupo ou em par.
"Os escravos para se entreterem criavam passos de dança. Então uma vez dançaram como o trote de um cavalo piancó, que significa manco, daí surgiu a dança", contou a professora amarantina Euzeni Dantas.
Dona Sibita, como é popularmente conhecida, foi uma das responsáveis por repassar a dança e sua coreografia para os mais jovens. Segundo ela, o Cavalo Piancó é ensino há 35 anos para as novas gerações.
"Eu comecei a ensinar a dança do Cavalo Piancó quando eu tinha mais de 20 anos. Em 2011eu fiz 35 anos dirigindo Cavalo Piancó, dança portuguesa, pagode aqui na cidade", relatou.
O bailarino, ator e coreografo Valdemar dos Santos Carvalho, conhecido como Nego Val, foi aluno de dona Sibita e lembra com orgulho da mestra. "Ela é uma referência para mim", elogiou.