Um emocionante momento de gratidão foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais nesta quarta-feira (2). Crianças que foram libertadas da escravidão no Paquistão oraram com fervor por Claudinei Vicente, missionário brasileiro responsável por financiar a libertação delas e de suas famílias.
Durante um culto em uma igreja local, as crianças impuseram as mãos sobre Claudinei em um gesto tocante de reconhecimento e afeto. “A maior ação de gratidão que já recebi”, escreveu o missionário na legenda do vídeo, que emocionou internautas no Instagram. “Dá para acreditar que alguns desses estudantes já foram escravos? Mas graças a Jesus Cristo, hoje são livres!”, acrescentou.
Claudinei atua em 14 países e, com o apoio de doações e da igreja liderada pelo pastor Simon, no Paquistão, já ajudou a libertar seis famílias cristãs que viviam em condições análogas à escravidão em fábricas de tijolos. A maioria dos trabalhadores nesses locais são cristãos pobres, forçados a quitar dívidas impagáveis herdadas por gerações.
As famílias recorrem a empréstimos de donos das olarias para despesas urgentes como contas médicas, alimentação e casamentos. No entanto, os juros abusivos tornam as dívidas impagáveis, e os devedores — incluindo mulheres e crianças — acabam escravizados nas fábricas.
Os relatos descrevem uma realidade cruel: jornadas exaustivas, produção diária de até 2.500 tijolos, salários de apenas quatro dólares por mil unidades produzidas, e o calor extremo dos fornos, que obriga os trabalhadores a usarem sapatos de madeira para não queimarem os pés.
Além dos resgates, Claudinei também apoia escolas criadas dentro das próprias olarias. O projeto, liderado pelo pastor Simon, leva educação às crianças dessas famílias, na esperança de romper o ciclo de escravidão e oferecer um futuro com mais dignidade.
Segundo o missionário, o custo médio para libertar uma família é de cerca de 1.800 dólares (aproximadamente 10.400 reais). As doações continuam sendo essenciais para manter o trabalho humanitário e garantir a liberdade e educação de mais pessoas em situação de escravidão moderna.